O Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, na última semana, em um ponto percentual, chegando a 6,25% ao ano. A taxa básica de juros funciona como guia para as outras taxas, quanto mais alta, mais caros ficam os empréstimos, mas, apesar da alta dos juros, esse ainda é um bom momento para o crédito imobiliário, avalia a Abrainc, Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias.
Os juros ainda estão baixos do histórico do país, que é acima de dois dígitos, segundo a entidade representante do setor. Além disso, a Caixa Econômica baixou uma das linhas de crédito, com juros vinculado a poupança, em 0,4 ponto percentual, o que pode atrair mais famílias.
Em 2021, a Selic passou de 2% ao ano para os atuais 6,25%. No mês de agosto, enquanto a taxa básica de juros estava em 5,25%. “As condições para aquisição da casa própria permanecem atraentes, a contratação de crédito imobiliário continua crescendo e a elevação da Selic não vai inviabilizar os planos de quem está em busca de um imóvel”, afirma Luiz França, presidente da Abrainc.
As novas condições da linha de crédito que estarão disponíveis a partir de outubro, são uma taxa de juros de 2,95% mais a remuneração da poupança. A redução foi feita nessa taxa pré-fixada. De acordo com o Banco, o movimento foi possível porque se mexeu no spread bancário. Spread é a diferença entre juros pagos pelo banco ao captar dinheiro no mercado e a taxa efetivamente cobrada quando esse dinheiro é emprestado aos clientes.
De acordo com as previsões do mercado financeiro, a taxa de juros deve encerrar este ano em 8,25% e o próximo ano em 8,5%. O movimento de alta da Selic está relacionado a aceleração da inflação, que alcançou 9,68% em agosto.