Não é novidade que, com a pandemia da Covid-19, uma boa parcela da população começou a ficar mais tempo em casa. O lar se tornou mais importante do que nunca ao ganhar funções como espaço de trabalho, estudo, exercício físico, entre outras.
A tendência pode ser comprovada por uma pesquisa mensal do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), que diz que o mercado imobiliário não parou de crescer na quarentena. Houve expansão tanto das vendas quanto dos lançamentos na comparação anual. Foram 5.147 unidades de empreendimentos residenciais vendidos em setembro deste ano, uma alta de 19,2% em relação ao mesmo mês em 2019.
A mesma análise pode ser feita de acordo com um indicador da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que apontou para um crescimento de 9,7% nas vendas imobiliárias no segundo trimestre do ano, embora o PIB tenha caído na mesma porcentagem.
O estudo das instituições ainda notou que as atividades imobiliárias cresceram 0,5% de abril a junho. No segmento econômico, de baixo custo, o aumento na movimentação foi de 31,8%, o que fornece uma outra possibilidade de análise durante a pandemia: com o impacto negativo na renda, as pessoas começaram a procurar opções mais baratas.
O mercado imobiliário nacional registrou ainda alta de 23,7% no volume de vendas de moradias no terceiro trimestre de 2020 quando comparados com o mesmo período de 2019, segundo pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Para Diego Dias, CEO da construtora e incorporadora Ekko Group, a tendência é de que o cenário continue em aceleração nos próximos meses. Ele explica que, além da mudança de comportamento, a taxa de juros baixa também influenciou no movimento crescente dos últimos meses por ser um grande fator de decisão de compra. “O setor teve um dos melhores períodos de vendas já vistos”, afirma o executivo.
Fonte: www.abecip.org.br