O evento tem o objetivo de apoiar e incentivar a iniciativa agro no estado, gerando conexão e fortalecendo as iniciativa, movimentando o mercado agro no norte do Espírito Santo.
Nesta sexta (28), aconteceu em Linhares o 4° Agro Business em Linhares. O evento é realizado pela Apex em parceria com a Rede Vitória.
O evento reuniu empreendedores, produtores e empresários do segmento agro da região, para abordar os números do setor e temas relacionados a sustentabilidade, inovação no campo e agricultura de mercado.
Para ter uma ideia: O agronegócio é responsável por 30% do PIB do Espírito Santo, sendo a atividade econômica mais importante em 80% dos municípios capixabas.
Entre os palestrantes estão Carlos Albuquerque (CEO da Inflor), Savio Sardinha (Head de Agrocarbono da Future Carbon Group), João Pontes (Diretor de Marketing da América Latina da Jonh Deere), Pedro Malta (Head de Agricultura da Heinz), Enio Bergoli (Secretário de Estado da Agricultura do ES), André Pedroso (Gerente Operacional da Granja Faria), e Orlando Caliman (Coordenador Estratégico do PEDEAG e Economista da Futura).
O Prefeito de Linhares Bruno Marianelli, também passou pelo evento e falou sobre a importância de encontros como esse para o município. Ele também lembrou das iniciativas que o município tem feito para desenvolvimento de um mercado muito importante para o estado, e principalmente para a cidade de Linhares.
A cidade que tem mais de 179 mil habitantes, vê uma força grande no agro da região, que de acordo com dados de 2016 do site da prefeitura, representam 4% do PIB do município.
A Futura, instituto de pesquisa capixaba, teve uma importante participação no evento mostrando as principais cadeias produtivas no Espírito Santo.
Os números em resumo
• R$50 Bi do PIB do estado é movido pelo agronegócio capixaba.
• R$17 Bi do é do VBP – Valor Bruto da Produção.
Para todos entenderem: Valor Bruto da Produção (VBP), é o faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, e a média de preços recebidos pelos produtores de todo o país.
VBP das Principais Cadeias Produtivas do Estado (2021)
• Café Conilon R$5,4 bi
• Café Arábica R$1,9 bi
• Fruticultura R$1,9 bi
• Olericultura R$1,5 bi
• Ovos R$1,5 bi
• Pimenta-do-reino R$1,2 bi
Fonte: IBGE
Mercado Familiar
75% dos estabelecimentos são de perfil familiar no estado, e no Brasil esse número representa 77%.
89% dos estabelecimentos produtores no estado tem até 50 hectares. No Brasil esse número é de 70%.
A IMPORTÂNCIA DO ESG
Um dos pontos mais importantes abordado no primeiro painel do evento, foi o ESG. A sigla, em inglês, que significa environmental, social and governance, corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.
O termo foi criado em 2004 em uma publicação do Pacto Global da ONU em parceria com o Banco Mundial, chamada Who Cares Wins.
Os critérios ESG estão relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelo Pacto Global, iniciativa mundial que envolve várias entidades internacionais como por exemplo a ONU.
Carlos Alburque, CEO da Inflor, empresa de gestão de florestas plantadas, falou sobre a importância do setor florestal no estado, e os impactos no país.
“Hoje o Brasil tem uma média de produção de mais ou menos 35 metros cúbicos de madeira por hectare, que é a maior média mundial.”
Falou Carlos Albuquerque.
Hoje, o Brasil tem 10 milhões de hectares de floresta planta, e cada hectare plantado, tem cerca de 0,7 de preservado. O que equivale a 17 milhões de hectares.
Savio Sardinha (Head Agrocarbono da Future Carbon Group), falou sobre dados importantes do mercado de crédito de carbono, que movimenta cerca de U$200 Bilhões.
Novas tendências e as potencialidades do agronegócio capixaba
O painel mediado por Ricardo Frizera (Managing Director da Apex Ventures e Head do Folha Business), e os convidados Enio Bergoli (Secretário de Estado da Agricultura do ES) e Orlando Caliman (Coordenador Estratégico do PEDEAG e Economista da Futura).
O painel teve o foco nas tendências e potencialidades do agronegócio capixaba, e como essas tendências podem influenciar em um futuro mais tecnológico e sustentável para o Espírito Santo.
Do campo de futuro: Inovações, tecnologia e aceleração digital
Mediado por Stefany Sampaio (Apresentadora e Colunista do Agro Business), e participação dos convidados João Pontes (Diretor de Pós-vendas & Suporte ao cliente da John Deere América Latina) e Pedro Malta (Head de Agricultura da Heinz).
No painel, a tecnologia, inovação e aceleração digital foram abordados como o futuro do agro no país.
João Pontes falou sobre as várias tecnologias que podem ser usadas para otimizar o processo de produção, e tornar uma produção mais sustentável para que o produtor.
De acordo com ele, é a empresa que mais investe em tecnologia na questão de soluções e equipamento para o produtor. A John Deere investe U$6 milhões de dólares por dia em pesquisa e desenvolvimento.
Outro ponto abordado por Pontes é a conectividade que deve ser usada de forma mais efetiva e em tempo real para poder ajudar o produtor a dar passos reais para o desenvolvimento do agro.
Pedro Malta, abordou a importância dos dados que ajudam na tomada de decisões no dia a dia do produtor.
O clima, é um grande exemplo disso de acordo com Malta, já que o tempo é um fator extremamente importante no dia do produtor.
“Qualquer cultura, especialmente as de ciclo curto, solavancos de temperatura, nebulosidade impactam diretamente no ciclo da cultura, e eu tenho uma fábrica com 600 funcionários e 3 turnos esperando a matéria prima chegar. Eu tenho um cronograma é uma fila a ser respeitada, e trabalho com uma matéria prima perecível.”
Pedro Malta.
O evento ainda contou com outras participações como o presente do CREA-ES, que também falou sobre a importância da tecnologia e sua importância.
Eventos como esse, desenvolvem o mercado agro e incentivam as empresas e agricultores a desenvolverem um dos mercados que mais crescem no estado e no país, é que movem nossa economia.