Cada vez mais elas têm ocupado todos os espaços no mercado de trabalho, mesmo para aqueles que exigem força física. No setor da construção civil, as mulheres respondem por diversas áreas, cargos e atribuições e somam mais de 200 mil profissionais, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.
As mulheres estão dispostas a quebrar paradigmas e mostrar ao mundo que elas também têm muito talento para as exatas. Deixam de lado o preconceito, os tabus e derrubam mitos de que o público feminino não pode trabalhar em áreas relacionadas ao canteiro de obras.
Outro avanço é que as mulheres têm ocupado diversos cargos na construção civil, não apenas nos escritórios ou como gestoras. Dessa forma, elas têm conquistado espaço em todas as áreas, podendo encontrar diversas engenheiras, pedreiras, eletricistas, ceramistas, marceneiras, pintoras e muitas outras especializações
Emyly Lírio dos Santos é engenheira civil e tem uma empresa de construção há 2 anos, a Artemy Engenharia. Ela contou um pouco de sua trajetória para a reportagem. “Cresci brincando e vendo meu pai trabalhar em construções e para mim virou realidade. Faço de tudo um pouco aqui na empresa, do financeiro ao gerenciamento da equipe do canteiro de obra. Gosto muito do que eu faço e sei que, por mais que possa haver uma certa desconfiança inicial, tenho notado muitos avanços por parte dos trabalhadores nas obras. Quando eles percebem que você domina o assunto, é gerado um respeito e isso cria um vínculo de confiança muito grande”, argumenta.
Ela acrescenta que as mulheres são reconhecidas por serem mais cuidadosas, detalhistas e ainda tem um vasto campo de trabalho a ser explorado pelo público feminino. Por mais que essas perspectivas existam, o preconceito para a absorção das mulheres no mercado de trabalho dessa área, também é um forte fator que impede as profissionais igualmente competentes e talentosas, de ocupar as vagas de emprego no mercado da construção civil.
Com o aporte de novas tecnologias para a construção e iniciativas do poder público e do terceiro setor para profissionalização, muita coisa deve mudar culturalmente. Procedimentos complexos poderão ser realizados com mais facilidade, sem depender tanto da força física.
E se mulheres são habilidosas e podem oferecer mais apuro técnico e atenção aos detalhes, elas merecem ser valorizadas nos processos seletivos das empresas. A engenharia e arquitetura podem ser um motor de transformação de suas vidas, ajudando a dar mais emprego àquelas de baixa renda. Também abre espaço para pontos de vista diferentes, garantindo mais empoderamento a este gênero e ensinando igualdade e respeito a todos.
