No Espírito Santo a agricultura familiar é a atividade predominante no setor agrícola do estado e está presente em 75% das propriedades rurais e oferta a maior diversidade de alimentos à sociedade capixaba.
Segundo o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF), o estado é o segundo, dentre os demais estados brasileiros, com mais produtos regionais certificados atrás apenas de Minas Gerais. A cafeicultura é a principal atividade agrícola do estado, desenvolvida em todos os municípios capixabas (exceto Vitória).
Gera em torno de 400 mil empregos diretos e indiretos, está presente em aproximadamente 60 mil das 90 mil propriedades agrícolas do Estado. Em torno de 73% dos produtores capixabas são de base familiar, com o tamanho médio das propriedades em 8 hectares.
Segundo o Incaper, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, que é responsável pelos serviços de pesquisa aplicada, assistência técnica e extensão rural no âmbito do estado, o Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, com expressiva produção de arábica e conilon. É responsável por mais de 30% da produção brasileira. A atividade cafeeira é responsável por 37% do Produto Interno Bruto (PIB) Agrícola capixaba. O Brasil registrou um aumento no consumo do café, e nesse mercado, o Espírito Santo tem se consolidado como referência no país.
André Ferri, diretor da Espresso Robusta diz que devido ao clima favorável durante o primeiro semestre do ano, tudo indica que 2022 terá uma das melhores safras. “A safra está vindo muito melhor que nos anos anteriores. O produtor do Espírito Santo está se profissionalizando mais, as chuvas do início do ano ajudaram muito no desenvolvimento da lavoura, as mudas estão vindo de melhor qualidade, as técnicas de plantio estão mais modernas e consequentemente, os grãos mais proveitosos”, disse André Ferri, diretor da Expresso Robusta.
No Espírito Santo, diversas são as famílias que tem o café como principal renda. “Em minha propriedade produzimos café conilon e também diversificamos com a pecuária. Hoje, o café é disparado o produto que mais rentabiliza nossos negócios. A expectativa para esse ano é que assim como 2021, a safra seja de boa produtividade”, explicou o produtor.
É preciso ressaltar que hoje o café capixaba está também nas mãos dos jovens, das novas gerações, que vem desenvolvendo, por meio de estudos acadêmicos e cursos voltados ao café, um cenário que vem valorizando um produto ligado a quase meio milhão de capixabas que atuam na cafeicultura.