Na hora de morar: comprar ou alugar? Devo investir em um imóvel e colocá-lo para locação? Os capixabas têm muitas perguntas sobre como será este segundo semestre para o setor imobiliário no Estado. Mesmo sendo como um jogo de loteria – difícil de prever -, especialistas apontam que os próximos meses do ano serão mais otimistas do que os primeiros.
Em entrevista ao ImobiNewsES, o presidente da ADEMI-ES, Eduardo Fontes, foi enfático ao dizer que neste segundo semestre, vamos observar um número maior de lançamentos imobiliários do que o ocorrido no primeiro. “A nossa economia já dá sinais de que haverá uma baixa na taxa de juros, inflação controlada e previsível. Favorece não só o mercado imobiliário como outros setores”, detalha.
Ele diz ainda que, no primeiro semestre, o foco imobiliário esteve no médio e alto padrão, enquanto o segundo semestre vem para reforçar essa tendência. “Após a pandemia, a qualidade de vida tornou-se uma preocupação especial, com o médio e alto padrão buscando melhorias para morar. Houve um aumento significativo em reformas para aqueles que não puderam fazer um upgrade. O setor econômico enfrentou desafios, mas acredita-se que tenha superado essas dificuldades”, detalha.
Na visão de Eduardo, os anos de 2020 e 2021 foram excepcionais, com muitos lançamentos e vendas, mesmo durante a pandemia. Já em 2022, os juros mais altos levaram a uma queda no número de lançamentos, mas com vendas estáveis.
“Mesmo sendo um ano de otimismo, especula-se que 2023 não supere o desempenho anterior. Para a capital capixaba, estima-se que o metro quadrado continue entre os mais valorizados do Brasil, destaque para os bairros da Praia do Canto, Praia da Costa e Itapuã mantendo-se entre os mais procurados e valiosos”, completa o presidente da ADEMI-ES.
O que esperar da região de Linhares?
O diretor do Secovi-ES, Ramiro Helmer, pontua a crescente demanda por aluguel em Linhares nos últimos dois anos, tanto residencial quanto comercial e industrial. A previsão, segundo ele, é que continue em alta no segundo semestre, principalmente pela chegada de novas pessoas na cidade relacionada à intensificação das oportunidades de trabalho com a instalação de diversas indústrias.
“Muitas pessoas chegarão a Linhares nos próximos meses, por isso a tendência de crescimento nos alugueis. As grandes empresas estarão em busca de imóveis localizados nos polos industriais para acolher profissionais que venham transferidos de outros Estados, por exemplo. Então é uma boa oportunidade para quem quer investir e disponibilizar para locação” explica Helmer.
Ramiro diz que a área central de Linhares é uma forte área de crescimento. “Cito o bairro Lagoa Park, em que houve uma porcentagem muito grande de entrega de imóveis. Além disso, as obras de infraestrutura e mobilidade que estão em andamento também são um forte de ponto de valorização do mercado mobiliário em Linhares”, destaca.
Segundo ele, esse tem sido o momento dos condomínios fechados, especialmente nas proximidades da lagoa. “É hora de priorizar o contato com a natureza e a liberdade de que esse tipo de lar proporciona”, observa.
Para Helmer, o mercado imobiliário não está parado, apenas mais lento. “O primeiro semestre deste ano, se comparado com os anos anteriores, não engrenou como o esperado, muito por conta da alta de valores, acesso a financiamentos e alta taxas de juros. Espera-se, porém, que este seja um semestre no qual os imóveis mais acessíveis como os do Minha Casa, Minha Vida tenham maior adesão, além da estabilização dos empreendimentos de médio e alto padrão”, detalha o diretor do Secovi-ES.