O segmento imobiliário é um setor cíclico e de acordo com inúmeros dados que comprovam o aquecimento nos últimos meses, o setor vive um ciclo vivo e saudável. Conforme Abrainc, Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, desde fevereiro de 2020, é a primeira vez que o setor retoma a alta simultânea de vendas e lançamentos em 12 meses.
A baixa taxa de juros cobrada nos financiamentos habitacionais e a queda gradual da Selic favoreceram esse cenário. Atrelado a isso, o trabalho remoto fez com que muitas pessoas passassem a olhar para suas residências de forma mais minuciosa e a reconhecer o imóvel como um lugar muito mais importante na rotina, o que antes era lazer, passo a ser também local de trabalho.
Mesmo com os bons resultados no primeiro semestre desde ano, a alta dos insumos de construção civil tem ligado o sinal de alerta, para construções e até lançamentos de empreendimentos. “Sem dúvidas o aumento nos valores dos materiais causa impacto nas construtoras e como trabalhamos com o sistema de venda de casas prontas precisamos ter um orçamento de gastos bem definido antes de lançar um produto, mas ainda sim podemos ter surpresas no meio das obras. Por isso sempre é preciso considerar essa variação nos valores para no final conseguir atender a expectativa dos clientes entregando um produto de qualidade e excelência conforme oferecido desde o início da obra. O planejamento e a busca pelos melhores fornecedores são a chave para um bom gerenciamento de obras” disse Eduardo Saiter, sócio da Senra Saiter Engenharia.
O setor espera uma alta da Selic, o Banco Central projeta que a taxa chegue a 7% até o final de 2021. O mercado imobiliário segue aquecido porque ainda há uma crescente demanda de habitação no país, o que mantêm as expectativas positivas para o setor e para a economia do país.
