Trocar o café por uma mercadoria é comum a bastante tempo, o que fez com que construtoras pensassem na ideia de inovar na venda dos imóveis, usando o café como moeda de troca para negociar. Esse tipo de negociação se deve ao aumento das exportações e de demanda de consumo interno, fazendo com que o seu grão se valorize.
Em Linhares e região, a modalidade barter, termo conhecido no agronegócio, que significa transações baseadas na troca de mercadorias sem intermediação monetária e tem como objetivo facilitar a vida do agricultor para investir ou comprar seu primeiro imóvel. O sócio da Imobiliária Conquista, Roberto Mauri, disse que o uso de grãos como moeda de troca já acontece há algum tempo e essa modalidade, sendo ampliada, favorece o mercado imobiliário e os produtores. “São muitas vantagens porque as operações de barter falam a língua do produtor rural, isso facilita a negociação”, explicou.
Empreendimentos como o Solar Di Bogani, loteamento em Rio Bananal, possibilita o pagamento das parcelas na colheita do café. “Aceitamos o café como pagamento ou o cliente pode pagar parcelas anuais na colheita”, disse Lucas Fantoni da Fantoni Contabilidade.
O Residencial Caminhos do Mar atento ao mercado e na alta do café, também aceita o grão como moeda de troca. “Essa ideia nasceu para facilitar a compra do imóvel. Acredito que esse tipo de oportunidade é conveniente para o produtor, principalmente nessa alta significativa das sacas”, explicou Alfredo Giuberti, empresário comerciante de café.