Recentemente o Banco Central anunciou uma nova redução na taxa básica de juros brasileira, a Selic (Sistema Especial de Liquidação e custódia) para o seu menor nível já registrado, trata-se do oitavo corte consecutivo realizado sobre a mesma, fazendo com que ela caísse de 3% anuais, para os atuais 2,25% anuais. A ação visa estimular a movimentação do mercado, minimizando os efeitos econômicos causados pela pandemia do Covid-19.
Mas afinal o que é a Selic? De forma simples, trata-se um sistema utilizado pelo governo, para que se possa ter controle sobre a compra, venda e emissão de títulos, essa serve como parâmetro para outras taxas de juros no Brasil. De forma geral ele impacta diretamente sobre as taxas de empréstimos realizadas no país, portanto o percentual em juros cobrado no mercado tende a cair, e com estes mais baixos, o mesmo tende a se movimentar, estimulando a economia.
A redução da Selic tem influência em diversos setores, e o mercado imobiliário também está incluso nessa lista, e a maneira em que isso ocorre é bem simples de se entender. Para exemplificar, imagine que um individuo deseja financiar um imóvel, como já citado anteriormente, com a taxa Selic mais baixa o juro cobrado pela financiadora também será menor, o que será agradável ao comprador. A chamada “lei da oferta e da procura” também afeta o nosso cenário, caso não haja demanda o suficiente para crescente quantidade de compradores, o valor do imóvel poderá se valorizar.
Por outro lado, com a taxa Selic alta, o número de compradores tende a diminuir, e por causa da “lei” citada anteriormente o valor dos imóveis tende a desvalorizar, porém a taxa para o financiamento estará mais alta, o que torna o cenário menos atraente aos compradores.
Para quem deseja comprar um imóvel à vista, vale analisar o atual cenário do mercado, e como esta a sua procura para aproveitar o momento certo e tirar vantagem de preços reduzidos e investir o seu dinheiro.
Contudo, pode-se dizer que o mercado imobiliário e profundamente afetado pela variação da taxa Selic. Uma boa dica e ficar de olho tanto nela, quanto na disponibilidade de mercado para aproveitar as variações nos preços dos imóveis, e na cobrança de taxas de financiamento, e até quando é vantajoso utilizar das variações tanto de preço quanto da taxação de juros, e tirar vantagem do melhor momento possível para a compra.
Texto: Felipe Costa