O primeiro semestre de 2022 começou acelerado com o infeliz cenário internacional de conflitos entre Rússia e Ucrânia, clima de eleições polarizado e Copa do Mundo para fechar o ano. Toda essa conjuntura macro agitada foi somada à uma tendência de aumento nas taxas de juros e outras influências econômicas para o setor imobiliário.
A imprensa tem sido bem alarmante sobre o aumento da Selic, que tem subido bastante nos últimos meses e atualmente se encontra no patamar de 12,75% ao ano.
Por outro lado, diante de incertezas econômicas e políticas, o produto imobiliário se sustenta como uma opção sólida, um ativo consolidado e uma reserva de valor. Esse fator aliado à superação da pandemia de coronavírus desenha uma perspectiva de continuidade na curva positiva de demanda imobiliária no Brasil.
O desejo pelos imóveis segue vivo e quente para a maior parte das famílias brasileiras. Antes da pandemia a demanda imobiliária era de aproximadamente 12 milhões de famílias dispostas a comprar um imóvel em até 24 meses, e hoje, 2 anos depois, alcançamos uma demanda de 15 milhões de famílias. Além disso, atingimos o recorde de financiamentos imobiliários com um crescimento de 34% para o setor, segundo a ABECIP (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Poupança).
Resumindo, apesar do meio do ano estar se aproximando, 2022 ainda nos reserva fortes emoções. Assim sendo, as redes sociais estarão bombando como nunca. Quanto mais notícias alarmantes, polêmicas, discussões no cenário político e econômico, maior é a potência das redes sociais, afinal somos o país dos memes, das figurinhas e dos grupos de WhatsApp.
O fato é que o mundo está cada vez mais social – O Brasil tem essa característica de ser uma população muito ativa nas redes sociais. O número mais recente – do começo de 2021 – indica que os brasileiros passam, em média, 3 horas e 42 minutos por dia conectados às redes sociais. Nesse quesito, perdemos apenas dos filipinos e dos colombianos, mas por poucos minutos.
1. Facebook (130 mi)
2. YouTube (127 mi)
3. WhatsApp (120 mi)
4. Instagram (110 mi)
A tendência é que as redes sociais ganhem uma importância cada vez maior, deixando de ser apenas VITRINE e se torna CHECK OUT de produtos dentro do próprio app- a então chamada SOCIAL COMMERCE –já em teste pelo Instagram e Tik Tok e outros. Neste cenário, a compra começa pela pesquisa e acaba com avaliação do produto dentro da mesma plataforma.
Por isso, acredito que o Marketing de influência continuará ganhando um grande espaço nos planos de comunicação e marketing das empresas. Estamos dando um segundo passo no marketing de influência com regulamentação e acompanhamento de métricas. Por isso, a tendência é que o foco se volte para o engajamento ou o alcance verdadeiro com maior relevância para nano e micro influenciadores. Por outro lado, muitas marcas estão utilizando o Live Commerce, com artistas e influenciadores famosos para promover as vendas.
Nesse sentido, a chave do sucesso nas redes sociais continua sendo:
- Autenticidade – Quanto mais inovador, único e viral maior é o alcance e relevância nas redes
- Vídeos curtos é a bola da vez. Tik Tok e Reels brigam pela atenção do público, principalmente dos mais jovens. O Instagram deixou claro, recentemente, que é uma rede social de vídeos – e não mais de fotos.
- Comunicação é uma ferramenta de troca – não adianta apenas falar, as redes sociais são plataformas de interação, com conteúdo compartilhados e colaborativos.
- Educar o cliente para comprar – Não basta falar de produto, o como usar é um “must do” na promoção do produto.
É também nesse cenário que surgem as leis de proteção de dados pessoais, como a LGPD no Brasil. Portanto, o ano de 2022 tende a gerar ainda muitos debates sobre como superar o fim dos cookies de terceiros (cookieless) e trabalhar com dados de usuários de maneira segura e transparente. A partir de agora, os profissionais de marketing devem focar na coleta de dados first-party, ou seja, que são coletados por eles mesmos diretamente com os usuários.
Com as possibilidades oferecidas pela automação de Marketing combinadas pela segmentação, é possível criar jornadas super personalizadas. Dessa forma, a sua empresa não perde tempo ou dinheiro investindo em um relacionamento para, no fim, errar no momento crucial da oferta.
Ou seja, criar relações próximas e diretas com os clientes sempre foi e continua sendo a melhor estratégia de marketing e vendas. E nesse cenário, apesar das ferramentas digitais e tecnologias, o fator GENTE, ainda é a chave de sucesso das empresas bem-sucedidas.