O tempo passado em casa durante o confinamento causado pela pandemia mudou a forma como as famílias veem o espaço interior e exterior das suas habitações. E também redefiniu o conceito de luxo no mercado imobiliário residencial. Por outro lado, a tecnologia permitiu manter contato com os clientes e fazer visitas virtuais. Mas não veio substituir o papel do consultor imobiliário.
Estas são algumas das tendências identificadas na conferencial anual global da rede imobiliária Christie’s International Real Estate. Foram discutidas várias tendências mundiais para 2022. Quais são? E como é que vão mudar o setor imobiliário?
A pandemia da Covid-19 veio mudar o conceito de casa e isso refletiu-se nas vendas de habitações. Nos últimos dois anos houve uma transformação no conceito de casa, desde a importância dos espaços exteriores a áreas maiores ou escritórios para espaço de trabalho. A casa passou a ser o centro da vida de todos nós, e isso repercutiu no mercado. Isto quer dizer que houve um aumento de transações em 2021 pelas imobiliárias de todo o mundo. E esta tendência de crescimento e desenvolvimento do mercado continuará para 2022 a nível mundial.
Mudança de conceito de luxo
A ideia de que comprar uma casa de “alto padrão” se relaciona apenas com poder aquisitivo elevado também está mudando. Hoje, o conceito de “luxo” na moradia representa a possibilidade de ser feliz, de ter experiências únicas que acrescentem mais qualidade de vida. Desta forma, a comercialização de imóveis de alto padrão pode traduzir-se na oportunidade de realizar sonhos e desejos dos clientes e proporcionar uma experiência privilegiada e diferenciada.
Humanização nos negócios
A tecnologia no setor imobiliário vem mudando de ano a ano, criando novas possibilidades de negócio e de comunicação entre empresas e clientes. E apesar dos crescentes desenvolvimentos tecnológicos, os especialistas de mercado afirmam que continua a não existir substituto eletrônico para um consultor imobiliário.
Há décadas que o negócio imobiliário é feito entre pessoas e, ainda que vivamos num mundo digital, comprar casa continua a ser algo muito pessoal e importante. E, por isso, a tecnologia é vista como um meio para melhorar o trabalho dos consultores imobiliários, mas não para os substituir.